Pequenas coisas que me vão acontecendo...

Foto: Kafka Museum - Praha, Fevereiro 2010.

Num dos jogos de futebol que fizemos para o torneio de Antigos Alunos do S. João de Brito, jogámos contra uma equipa constituída por antigos alunos mas com alguns actuais praticantes de rugby. Como podem imaginar, eram todos pequeninos e de ar frágil.

Como passámos o jogo todo a levar porrada que eles nos iam dando à socapa (estavamos a ganhar, pois claro), a uma dada altura um amigo meu passou-se e segredou uma coisa ao ouvido de um deles. Facto que o fez explodir de raiva e partir logo para a agressão clara e gratuita, a socos e pontapés.

Ao vermos isto, todos nós (incluíndo eu que estava no banco de suplentes) entrámos no relvado para separar toda aquela gente que se tinha embrulhado ao murro e acabar com a confusão que se tinha instalado. Mas enquanto nós só queríamos apaziguar tudo aquilo, a equipa adversária sentia-se como peixe na água.

Foi aí que tive um interessante diálogo com um rapaz com mais 20 cm de altura que eu, mais de 100 kg e de tamanho 2 por 2. Ora aqui vai:

Eu-com-uma-atitude-Peace&Love-mesmo-depois-de-um-amigo-meu-ter-sido-agredido-por-um-ogre: "Epá, 'bora lá acalmar que nós não viemos para isto. Tenham lá calma..."

Brutamontes-a olhar-para-mim-com-os-olhos-raiados-de-violência: "Queres andar ao murro, é?"

Eu: "Ãh?.... Eu? Alguma vez?"

Ele: "'Bora! 'Bora andar ao murro!!..."

Eu: "Epá, se reparares bem no teu tamanho e olhares para mim, verás que aquilo que eu menos quero é andar ao murro contigo!"

Ele: "Ãh? Queres andar ao murro? Vamos andar ao murro lá para fora?"

Eu: "...."

Ok!... É nestas pequenas situações que percebo que afinal às vezes não vale a pena tentar falar com as pessoas, pois para isso é sempre preciso haver um bom emissor da informação mas sobretudo de um bom receptor.

Muita pancadinha a jogar rugby aquele gajo deve ter apanhado naquela carola!

Um bom fim-de-semana!

Beijinhos e abraços a todos!

Hasta! ;)