Foto: Praha, visto do Metrónomo, toda coberta de neve. Temperatura? "Feels like -20ºC"... - Fevereiro 2010.
Venho aqui expor no meu blog, aquilo que aqueles que me conhecem, já há muito sabem sobre mim: detesto encontrar portugueses nas minhas viagens ao estrangeiro. Como diria o José Pedro Gomes, é uma tugalidade muito característica mas que dá cabo de mim e me faz doer os joanetes e os rins...
Não sei se é pela postura, se pela vestimenta que utilizam ou se é por tudo. Só sei que se distiguem à distância e nem é preciso ouvi-los falar (aos berros). E num desafio que já me fizeram por diversas vezes, digamos que tenho uma taxa muito alta de sucesso em "descobrir" tugas à distância. É um jogo divertido. Tentem na próxima viagem que fizerem. ;)
Mas eu tenho uma teoria para este tipo de comportamento: isto é uma coisa genética que já vem do tempo dos descobrimentos. Passo a explicar. Há 500 anos atrás, nós éramos os maiores. Não só lá da rua mas do Mundo inteiro (os espanhóis não interessam agora para aqui). Íamos para todo o lado espalhar a nossa sementezinha e quando chegávamos a qualquer terra e a "descobriamos" éramos logo os reis daquilo! Os que tinha acabado de ser "descobertos" (e que até ali não sabiam que existiam), prestavam-nos vassalagem e davam-nos coisitas de somenos importância como o ouro que lá tinham, especiarias, entre outras coisas que nós até não queriamos (sempre tudo a troco de uns lápis e de uns rebuçados...). Pois que esse bichinho ficou-nos no sangue. E quando vamos para qualquer lado, achamos sempre que os outros países/povos são um atraso de vida e que "nós é que vamos lá colonizar o pessoal e ensinar umas coisas aos gajos". Nada de mais errado. E enquanto andarmos neste triste fado e de olhos tapados para a realidade não sairemos da cepa torta. E nem é preciso sairmos da nossa Europa para termos essa prova. Países como a Polónia, Estónia, Eslovénia, Croácia e até mesmo a Rep. Checa, que até há bem pouco tempo viveram sob ditaduras ou guerra civil, já nos ultrapassaram em quase todos os parâmetros (sociais, económicos, culturais...). Depressa ficaremos (novamente) na cauda da Europa à espera que Albânias e afins entrem na nossa comunidade económica para termos mais uns ceguinhos com quem gozar...
Bem, por hoje é tudo. No próximo post há mais.
Beijinhos e abraços a todos!
P.S - Sou português com muita honra mas tenho muita pena de ver e sentir diversas coisas que acontecem aqui neste cantinho à beira mar-plantado. Gostava que a nossa mentalidade mudasse pois acho que é altura para deixarmos de estar contentes e conformados com a nossa própria alegoria da caverna...
Hasta!
Venho aqui expor no meu blog, aquilo que aqueles que me conhecem, já há muito sabem sobre mim: detesto encontrar portugueses nas minhas viagens ao estrangeiro. Como diria o José Pedro Gomes, é uma tugalidade muito característica mas que dá cabo de mim e me faz doer os joanetes e os rins...
Não sei se é pela postura, se pela vestimenta que utilizam ou se é por tudo. Só sei que se distiguem à distância e nem é preciso ouvi-los falar (aos berros). E num desafio que já me fizeram por diversas vezes, digamos que tenho uma taxa muito alta de sucesso em "descobrir" tugas à distância. É um jogo divertido. Tentem na próxima viagem que fizerem. ;)
Mas eu tenho uma teoria para este tipo de comportamento: isto é uma coisa genética que já vem do tempo dos descobrimentos. Passo a explicar. Há 500 anos atrás, nós éramos os maiores. Não só lá da rua mas do Mundo inteiro (os espanhóis não interessam agora para aqui). Íamos para todo o lado espalhar a nossa sementezinha e quando chegávamos a qualquer terra e a "descobriamos" éramos logo os reis daquilo! Os que tinha acabado de ser "descobertos" (e que até ali não sabiam que existiam), prestavam-nos vassalagem e davam-nos coisitas de somenos importância como o ouro que lá tinham, especiarias, entre outras coisas que nós até não queriamos (sempre tudo a troco de uns lápis e de uns rebuçados...). Pois que esse bichinho ficou-nos no sangue. E quando vamos para qualquer lado, achamos sempre que os outros países/povos são um atraso de vida e que "nós é que vamos lá colonizar o pessoal e ensinar umas coisas aos gajos". Nada de mais errado. E enquanto andarmos neste triste fado e de olhos tapados para a realidade não sairemos da cepa torta. E nem é preciso sairmos da nossa Europa para termos essa prova. Países como a Polónia, Estónia, Eslovénia, Croácia e até mesmo a Rep. Checa, que até há bem pouco tempo viveram sob ditaduras ou guerra civil, já nos ultrapassaram em quase todos os parâmetros (sociais, económicos, culturais...). Depressa ficaremos (novamente) na cauda da Europa à espera que Albânias e afins entrem na nossa comunidade económica para termos mais uns ceguinhos com quem gozar...
Bem, por hoje é tudo. No próximo post há mais.
Beijinhos e abraços a todos!
P.S - Sou português com muita honra mas tenho muita pena de ver e sentir diversas coisas que acontecem aqui neste cantinho à beira mar-plantado. Gostava que a nossa mentalidade mudasse pois acho que é altura para deixarmos de estar contentes e conformados com a nossa própria alegoria da caverna...
Hasta!
2 comentários:
ººº
Mano, 20 graus negativos?
Apanhei essa temperatura em Nurnberg há 25 anos, tinhamos o "frigo" avariado, então metiamos tudo na varanda, (carnes, peixes, leite, etc)
Abraço (hoje) com muita chuva
Jota Ene: Sim, à noitinha estava mesmo um briol do caraças! :) Essa de meter tudo na varanda foi uma excelente idéia! :) Ahahahahahaha Assim, de certeza que nada se estragava!
Mega-agraço, que continua de chuva ;)
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